Será este o futuro dos Clássicos?

Internacional
1 Novembro 2018

No mesmo mês em que este MGA-EV foi artigo na revista SafetyFast! encontrámo-lo no Classic Motor Show do NEC, em Birmingham. Estava no stand do MG Car Club e Michael Richardson exibia-o com orgulho porque, tal como dissemos na altura, talvez este venha a ser "O melhor dos dois mundos".  

A este propósito e por causa do processo de descarbonização em curso, se por um lado, dentro da União Europeia, 2020 trouxe algum alívio no IUC- Imposto Único de Circulação a aplicar aos carros usados importados, o mesmo já não se pode dizer dos valores proibitivos de ISV – Imposto Sobre Veículos que podem atingir, inviabilizando a sua importação.

O ISV é calculado, principalmente, com base em dois critérios: a cilindrada e as emissões de CO2. De todas as variáveis que influenciam a emissão de CO2, como o tamanho das rodas, peso e altura do veículo, tipo de caixa, tração, potência do motor e combustível, a antiguidade é a mais penalizadora porque, à sua época, o veículo não era objeto de otimização aerodinâmica ou mecânica com vista à redução das emissões.

Assim, para obtenção de matrícula portuguesa, toda a viatura posterior a 01.01.1970, em relação à qual é difícil obter informação oficial sobre a emissão de CO2, terá de fazer a medição num centro de inspeção de categoria B, onde o valor obtido é, geralmente, mais elevado.

Se a isto adicionarmos o cumprimento, obrigatório e próximo, das metas de incorporação de biocombustíveis, então as preocupações adensam-se e novas soluções para salvaguarda dos carros clássicos serão necessárias e bem-vindas.